YEWÁ

EWÁ


Características gerais:

Òrisà feminino, divindade do canto, das coisas alegres e vivas, não é uma qualidade de Òyá nem muito menos de Òsùn, embora seja frequentemente confundida com estas iyagbás.

Dona de esplêndidos encantos e belezas, é considerada a rainha das mutações, das transformações orgânicas e inorgânicas. 

É o òrìsà que transforma a água do estado líquido para o gasoso, formando-os em nuvens ou nevoeiros,gerando as chuvas, por isso é considerada irmã gêmea de Dan(Òsùmàrè).

Quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando figuras de animais, objetos, pessoas, ali esta a magia e o encantamento de Yewà, é o òrìsà do que é belo, dando cores aos seres tornando-os vivos e bonitos; esta ligada com a alegria, regendo com Ìbejì o que se tem ou que seja ser feliz.

Filha mais nova de Nònón, gêmea e inseparável de Dan e irmã de Òsònyìn, Yewà é um òrìsà do rio do mesmo nome e também um òrìsà Ode (caçador), pertencente ao grupo das Ìyàmi Eleye, tida como a verdadeira esposa de Omolú, é a òrìsà admirado por Òrúnmìlá.

Yewà é o branco do arco Iris e faz junções com a luz solar elunar, todos os metais nobres lhe pertence, ouro,prata, platina e todas as pedras preciosas; esta associada com o cobre, bronze e o rubi, seus elementos mais fortes são o fogo e o ar, suas cores prediletas são o vermelho e o amarelo, usa ìlìkì de palha da costa trançado com búzios, seu Adé não possui ìpàbé, ou seja “chorão”.

Toda palha usada na suas roupas são tingidas de òsún (vermelho) com amarelo e rosa.

Seu ewò (proibição) é Adiè (galinha), ficando assim proibido de oferecer adie para esse òrìsà.

Não pega orí masculino, mas no candomblé dizem que quando isso ocorre fazem Òòsàálá e montão um ojugbó para Yewà, que ao meu ver fica sem sentido essa prática; ela é a cobra fêmea de Dan ,ou seja , Besen, a cobra que choca os ovos. Seu ojugbó possui desesseis cristais brancos, formando assim uma forte energia para o Ilé àsé. 

Durante muito tempo, cursou pelos terreiros de candomblé uma falácia. O Orixá Ewá não é feita exclusivamente em mulheres virgens. Pode ser feita em mulheres que já tiveram relação sexual, sem enigma algum.

Os fundamentos e conhecimentos nos ensinam que, ao nascer, recebemos o nosso Orixá. Essa energia é imutável e inalienável. Por este motivo nunca variará. Quem é de Ewá, pra sempre será de Ewá. 

Suponhamos que uma menina, com seus dezessete, dezoito anos descubra a religião e opta por se iniciar. Aos quinze, ela havia perdido a virgindade. 

Contudo, ela nascera de Ewá. Sabendo-se que o Orixá é imutável em todas e quaisquer hipóteses, qual será a atitude do Babalorixá?

Ao se iniciar nos segredos de Ifá, aprende-se que não se deve alterar as informações fornecidas pela energia do oráculo.

Será que o Babalorixá irá mentir, mesmo sabendo que é contra os dogmas?

É uma questão polêmica, quando se trata de Orixá e sua inalienabilidade.

Conta um Itàn tradicional que Orúnmilá, o Orixá da sabedoria corria de Ikú, o Orixá da morte. O primeiro local que ele viu, serviu de esconderijo para não morrer: de baixo da saia de Ewá. Ikú passou direto e Orúnmilá não morreu. 

Este Itàn, assim como outros, possui um sentido totalmente conotativo e não denotativo. 

Todas as vezes que se toca o nome de um Orixá, a sua representação é que está em evidência. Conclui-se a partir daí que, a sabedoria corria da morte.

Quando se fala de virgindade em analogia com Ewá, estamos lhe dando com uma questão de má tradução do Ioruba para o Português.

Na verdade, a palavra “Wá” significa “pura” e em alguns casos “protetora”. Logo, podemos admitir de braços abertos que – a “virgindade de Ewá” não está ligada ao conceito sexual.

Conclui-se também que, a pureza e a proteção da energia feminina está sobre a sabedoria. Logo, a morte não se aproxima. Por tanto, esse é mais um conceito verídico e estudado de que as meninas virgens ou não virgens podem sim ser iniciadas a Ewá.

Sendo Yewà a protetora dos olhos, usa um Arakole, que é usado para cegar seus inimigos, pois dentro deste amuleto está contido todo seu veneno e magia, o Arakole é uma cabaça pequena com uma lança cravada de uma ponta a outra,enfeitada com palha e muitos búzios,o ofa também é seu instrumento de caça,existe uma orin (musica) que diz o seguinte:

Yewà, Yewà,Yewà agbara re ni Arakole
Yewà,Yewà,Yewà a força está no seu Arakole

Yewà assim como todas as ìyá tem forte ligação com as ÌyàmI Ajè ou Òsòròngà por serem essência feminina, Yewà tem forte ligação com as sociedade dos pássaros e com Ikú, por fazer parte da família fon –vodun.

O orixá Ewá é uma bela virgem que entregou o seu corpo jovem a Xangô, marido de Yansã, despertando a ira da rainha dos raios.

Ewá refugiou-se nas matas inalcançáveis, sob a protecção de Oxóssi, e tornou-se uma guerreira valente e caçadora habilidosa. 

As virgens contam com a protecção de Ewá e, aliás, tudo que é inexplorado conta com a sua protecção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode nadar ou navegar.

Ewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os oráculos, Orunmilá lhe concedeu. Ewá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada embora. 

Acabou por encontrar abrigo entre os Yorubas, que a transformaram numa cobra boa e bela – a metade feminina de Oxumaré. 

Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos.

Ela também é filha de Nanã, e é vista como horizonte, o encontro do céu com a terra, do céu com o mar. Ewá representa ainda outros horizontes, com a interface onde se tocam a vida e a morte, o dia e a noite, e outros. Assim, todas as transformações, mudanças e adaptações são regidas por ela.

No Brasil, poucos candomblés cultuam Ewá,pois dizem que o conhecimento sobre as folhas necessárias ao seu culto foiperdido durante o processo de aculturação dos africanos escravos.

Ewá também é compreendida como a energia que torna possível o abandono do corpo e a entrada do espírito numa nova dimensão.

No Brasil, poucos candomblés cultuam Ewá,pois dizem que o conhecimento sobre as folhas necessárias ao seu culto foiperdido durante o processo de aculturação dos africanos escravos.

Ewá é a divindade do canto, das coisas alegres e vivas. Dona de raro encanto e beleza, é considerada como a Rainha das mutações, das transformações orgânicas e inorgânicas. É o Orixá que transforma a água de seu estado liquido para o gasoso, gerando nuvens e chuvas.

Quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando, às vezes, figuras de animais, de pessoas ou objetos, não nos importamos muito.

Porém, ali está Ewá, Rainha da beleza, evoluindo solta pelos céus, encantando e desenhando por cima do azul celeste da atmosfera da Terá. 

Ewá é também o inicio da chuva, regida por sua mãe Nanã. Este seu principal encantamento: o ciclo interminável de transformação da água em seus diversos estado, incluindo o sólido. 

Ela, como todos os outros, está entre nos no cotidiano, convivendo e influenciando nosso comportamento, mexendo com nosso destino, gerando situações que vamos viver diariamente.

Ewá também esta ligada às transformações orgânicas e inorgânicas, que se sucedem no Planeta. É a mágica da transformação. Está ligada à mutação dos animais e vegetais.

Ela é o desabrochar de um botão de rosa; é a lagarta que se transforma em borboleta; é a água que vira gelo e o gelo que vira água; faz e desfaz, num verdadeiro balé da Natureza.

Senhora do belo, Ewá é aquela que vai dar cor ao seres; torná-los bonitos, vivos, estimulando a sensibilidade; a fragilidade das coisas; a transformação das células, gerando o que há de mais lindo no mundo.

É a deusa da beleza; é o sentimento de prazer pelo que é belo,; é o respeito pela maravilha que o mundo apresenta.

A força natural Ewá é ligada também à alegria, dividindo com Vungi (Ibeji) a regência daquilo que se chama ou se tem como feliz. Está presente nas coisas e nos momentos alegres, que têm vida.

É também a divindade do canto; da música; dos sons da natureza, que enchem nossos ouvidos de alegria e contentamento.

Está presente no canto dos pássaros; no correr dos rios; no barulho das folhas, sopradas ao vento; na queda da chuva; no assovio dos ventos; na música interpretada por uma criança, no choro do bebê, no canto mais que sagrado da mãe Natureza.

Ewá é a própria beleza. É o som que encanta. É o canto da alegria. É a transformação do mal para o bom. É a vida...

Yèwá, Òrìsà Egbá, cultuado mais precisamente em Egbádò, no rio Yèwá (paralelo ao rio Ògùn, onde Yèmoja é cultuada), muitos consideram a mesma uma Divindade fòn, que teve seu culto levado para terras yorùbá, outros, assim como eu, acreditam que Yèwá é filha de Odùdúwà com Ìyámoje (Divindade que se transformava em Serpente, de quem Yèwá também herdou este poder)...

Alguns acreditam que Yèwá (filha de Odùdúwà - Óòní Ilé Ifè) era virgem e foi "estrupada" por um dos chefes (Obàtáláboromu/Jàgún) da guarda real de Odùdúwà, vindo a engravidar e depois sendo espulsa da casa de seu pai, por isso passou a ser considerada a protetora das virgens e só "incorporaria" em moças virgens...

Porém eu discordo, para mim, Yèwá possui filhas não mais virgens e além da mesma ter tido relacionamento sexual com Òrúnmìlà, quem deu a mesma o poder de visão, foi esposa de Sònpònná (Obalúayé), é uma divindade bastante complexa, veste-se de palha vermelha e recebe o título de Omolúlú Orógbó...

Na África, o rio Yewá é a morada dessa deusa, mas sua orígem gera polêmicas. A quem diga que, a exemplo de Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi e foi assimilada pelos Iorubás e inserida em seu panteão.

Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Orixá estava concentrada em uma cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.

Ewá é um vodum feminino da família de Sakpata. Filha de Aido Wedo e Dambala, irmã de Boçalabê nasceu para ser o símbolo da pureza e da beleza dos deuses.

Do nascimento a fase adulta Yewa viveu na família de Dan onde representava a faixa branca do arco-íris onde também mora Ojiku. 

Recebeu de Aido Wedo o poder da vidência, da riqueza, e todos os corais que existiam no mar que ela pegava com seu arpão.

Ewá foi morar no reino dos mortos junto com Azansu e com esse passou a exigir o cumprimento da moral e dos bons costumes.

Em sua nova morada Ewá recebeu o caracolo/aracolê onde guarda os segredos dos ancestrais e os invoca quando é necessário, e o eruxim com o qual espanta os Akututos (eguns) para o caminho de Oyá. Sempre que possível, Ewá engana Iku (a morte) e salva uma vida.

Ewá é um Vodum raríssimo de ser encontrado na cabeça de alguém. A feitura de Ewá deve ser sempre em cabeças de virgens e nunca em homens.

Por ter o poder da vidência, Ewá tem o poder de nos livrar do “olho grande” e das invejas. Quem sabe cuidar desse Vodum, se livra facilmente dos invejosos.

Encontramos Ewá tanto nas águas quanto nas matas e mundos subterrâneos (aquático e terrestre), mas seu local preferido é sempre o horizonte, onde o por do sol faz o encontro dos dois mundos e o céu se encontra com a terra, “Isso é Ewá” dizem os antigos.

Ojiku ou Dan Jikun é um Vodum Dan que sempre é muito confundido com Yewa, assim como Boçalabê que é sua irmã. Ojiku é considerado a Cobra branca e Boçalabê é uma Vodum das água doces, muito confundida com Oxum.

Em África, o rio Yewá é a morada desta deusa, mas a sua origem gera polémica. Há quem diga que, tal como Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, 

Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi, foi assimilada pelos Iorubas e inserida no seu panteão. Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan.

A força desse Orixá estava concentrada numa cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.

Ewá teria o mesmo significado de Dan ou uma das suas metades – A outra seria Oxumaré. 

Existem no entanto, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidade de Abeokutá.

Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje - No qual o Vodun Eowa, seria o correspondente da Ewá dos Nagô - Confundem Ewá com uma qualidade de Iemanjá, Oyá e Oxun.

Ewá é um Orixá independente, mas é conhecida entre os jejes de Eowá e no povo de língua Yorubá por Ewá.

Ewá seria a ressignificação de Dan ou uma de suas metades – A outra seria Oxumaré.

Existem, porém, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidade de Abeokutá. 

Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje – No qual o Vodun Eowa, da família Danbirá, seria o correspondente da Ewá dos Nagô, –Confundem Ewá com uma qualidade de Yemonjá. 

Erram porque Ewá é um Orixá independente, mas sua orígem não se esclarece sequer entre os Jeje, pois em respeitados templos de Voduns afirma-se que Ewa é Nagô.


Yewa ou Ewá, Orixá do rio Yewa, que fica na antiga tribo Egbado (atual cidade de Yewa) no estado de Ogun na Nigéria. Orixá identificada no jogo do merindilogun pelo odu obeogunda.

Ewá, Euá, Iyewa, Orixá feminino, é a divindade do rio e da lagoa Iyewà na Nigéria. Uma das iabás, considerada ora irmã de Iansã, ora irmã de Oxumarê. Seu nome significa maezinha do carater.

Verger em suas pesquisas diz: "Na Bahia é cultuada em casa de fundamentos casas antigos, devido à complexidade de seu ritual.

As gerações mais novas captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, através do culto de Ifá e seus tratados. 

Em 1981, houve uma saída de Iyewá no Ilê Axé Opô Afonjá, após mais de 30 anos da iniciação da anterior.

Com a volta do culto de Ifá e dos babalawôs, muitos santos como Yewá, Okô e Olokê estão voltando a serem feitos.

O que antes eram comum as casas dizerem que não tem folha ou ser perderam com o tempo.

Na Bahia antiga muitas casas tinham o auxilio dos babalawôs, com o tempo eles foram sumindo e morrendo, até se perderem completamente os seus conhecimentos, mais uma nova janela se abre para o culto dos orixás nas mãos dos iniciados em Ifá que dirigem as casas de santo, os awos, awofaka, Oriates e Oluwôs estão trazendo de volta os cultos antes perdidos. 

As casas de santo se enchem do brilho dos orixás antes sumidos que agora estão de volta.



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