OTÍ


Considerações gerais:


Otí - Orixá feminino da caça filha de Enrilé. 

Alguns dizem ser esposa de Oxóssi (ou irmã), e que o acompanha pelas matas, caçando. Defende tanto o caçador,quanto a caça.

Òtí mora nas águas com Iyemanjá, Erinlé e Ọ̀un e na floresta com os irmãos Ossaiyn, Ògún e Ọdẹ. 


No cultivo com Òrìsà Oko, Ọdẹ, Otín e Ossaiyn representam as formas mais arcaicas de sobrevivência, a apologia da caça em detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo em detrimento da ciência.

Esta IYAGBÁ rege a caça abundante, a subsistência humana, o instinto natural de sobrevivência e a conservação e preservação da vida das espécies.

ORÍSÁ OTÍN juntamente com o ORÍSÁ ODÉ são senhores das matas e da caça, ORÍSÁ OTI é a RAINHA DE INÌSÁ reino que fica na região de IBADAN entre o DISTRITO DE OSUN E LAGOS.

Otí é uma Orixá que vive ao ar livre e está sempre longe de um lar organizado e estável. 

Seu combate cotidiano, entretanto, está nas matas, caçando os animais que vão garantir a alimentação da tribo, sendo por isso consagrado como protetora dos caçadores e eterna provedora da subsistência do gênero humano. 

Protege tanto o que mata o animal como o próprio animal, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimento para outro. 

Protege os antagonistas, a caçadora, e a caça, pois são seres do mesmo espaço, a floresta. 

Por isso Otín nunca aprova a matança pura e simples, para ela a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos ou os rituais para os deuses, sendo símbolo de resistência à caça predatória. 

O conceito de liberdade e independência para Ọdẹ Otín é muito claro.

Sua responsabilidade principal com relação ao mundo é garantir a vida dos animais para que possam ser caçados. 

Em alguns cultos, também se atribui a ela o poder sobre as colheitas, já que agricultura foi introduzida historicamente depois da caça como meio de subsistência.

Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. Seus símbolos são ligados à caça: no Candomblé, possui um ou dois chifres de búfalo dependurados na cintura. 

Na mão, usa o eruquerê (eiru), que são pelos de rabo de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios, um ofá arco e flecha, uma lança.

O mito da caçadora identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados, num sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros.

Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Ọdẹ Otín o identifiquem não com uma negra, como manda a tradição, mas com uma Índia. Seu objeto básico é o arco e a flecha, o ofá. e o odẹmatá.

Yiá Otín é o que basta a si mesma. A ela estão ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Ọ̀
un, Iyemanjá, Ìyásan.

A floresta é a terra do perigo, o mundo desconhecido além do limite estabelecido pela civilização iorubana, é o que está além do fim da aldeia. 

Os caminhos não são traçados pelas cabanas, mas sim pelas árvores, o mato invade as trilhas não utilizadas, os animais estão soltos e podem atacar livremente.
É o território do medo.

Ọdẹ Otí ou Iyá Otí é um Orixá feminino responsável pela fundamental atividade da caça. 

É tradicionalmente associada à lua e, por conseguinte, à noite, as Iyá mi Ajés e os pássaros da noite, pois a noite é o melhor momento para a caça. 

Iyá Otín e Ossaiyn têm na floresta o próprio fim, nela se escondem. 

O primeiro para capturar os animais, o segundo para poder estudar sozinho e recolher as folhas sagradas.

Otí mora nas águas com Iyemanjá, ErInlẹ̀ e Ọ̀
un e na floresta com os irmãos Ossaiyn, Ògún e Ọdẹ, no cultivo com Òrìsà Oko Ọdẹ Otín e Ossaiyn representam as formas mais arcaicas de sobrevivência, a apologia da caça em detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo em detrimento da ciência.

Otim desconhece a agricultura, não muda o solo para nele plantar, apenas se utiliza do que pode ser imediatamente consumido, a caça.

No Candomblé, a cor verde é consagrada a Ossaiyn por sua proximidade com as folhas, ficando o azul para Otín, um azul pouco mais vivo e claro (royal) que o de Ogum, numa transição cromática.

Outro dado que identifica e aproxima Otín de Ogum, é o fato de ambos representarem atividades e possuírem temperamentos próprios de uma mesma faixa etária, a juventude (mas não a adolescência, pois são mitos adultos, viris), onde a energia se expressa fisicamente.

Este Orixá é cultuado no Batuque como Orixá feminino: IYAGBÁ.
No candomblé (Nação ketu e nagô) existem dois Orixás (qualidades de Orixás,mas como no candomblé não existem qualidades...)
 
Odé Inlé e Oxum Otí caçadora, arisca,que dizem não incorporar. 

Geralmente, Otí é um Orixá feminino, ligada a Oxóssi, Ossaim, Oxum, Yemanjá, Ogum,dentre outros.

Erinlé seria o começo do rio, Igbo o fundo do rio onde se forma o lodo e a lama e Òtí seria a superfície do rio o “espelho d’água” pois na áfrica esses três orisás nada tem haver com Orisa Odé, por falta de informação e até mesmo de comodidade foram adaptados como Oxossi em algumas casas de asé.

Orixá da caça,das presas,da floresta, aparentemente também tem domínio sobre as águas. 

É representada carregando uma jarra na cabeça, pois é ligada também a agricultura.

Otin usa capanga e lança e vive no mato a caçar. Come toda espécie de caça assim como Odé: passaros, coelhos etc. Mas aprecia mesmo é o porco.

Yiá Òtí nao teve filhos aqui na terra, por isso atribuem o fato de que ela dê a cabeça de seus filhos para Odé.

Em alguns mitos esta divindade é mencionada como homem, talvez pelo fato desta se comportar como tal, pois sabemos que na cultura yoruba à mulher está vedada a arte da caça e da guerra, inclusive esta não pode tocar as instrumentos de caça, colocando em risco o sucesso e prestígio de um caçador. 

Em outras que sua beleza, compara-se com a de uma mulher, caso semelhante ao de Logunedé. 

Nos Terreiros de origem Ketu ou Nagô, Otìn esta acomodada no Agbo Ode e só pode ser cultuada juntamente com Ode, pois não se sacrifica para um sem dar para o outro. 

Esta ligação esta expressa em uma das linhas de seu Oriki...

Ode o m'óta! (Ode você rende os inimigos)
Otìn bò rò Ode (Otìn vem ajudar Òde)

Os animais são os mesmos, mudando apenas o sexo, com exceção dos animais de caça, que sempre devem ser machos, pois está proibido a um caçador que se honre, sacrificar uma fêmea selvagem, esta irá garantir a caça futura. 

Suas comidas prediletas, são elaboradas apartir do feijão fradinho, milho verde, coco, inhame, cebola, camarão seco, raiz de gengibre e azeite-de-dendê. 

Os filhos de Otìn são quase inexistentes, raros e muitos deles são consagrados e iniciados à Odé com orô para Otìn. 

Vestidos em tons de azul e rosa, ornamentados com capangas,braceletes e uma lança em punho, usando um chapéu com uma das abas laterais dobrada e metade do rosto coberto por um filá, simbolo de realeza, esta magnífica divindade se destaca entre os outros caçadores. 

Dança sobre o som dos atabaques em ritmo do Àgèrè mas seu principal ritmo é o Bàtá, onde suas cantigas são entoadas.



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