ÀJÉ SALUGA


AJÈ SALUGA


Características gerais:


Ajè Saluga é a própria representação da riqueza, da prosperidade e da abundância. 

Ora tida como iyagbá por algumas tradições, como ogboró por outras, não deixa de perder sua importância e significação: boa sorte, saúde, longevidade, prosperidade e sucesso financeiro.

Apesar de seu culto ser bem restrito aqui no Brasil, é fortemente cultuada na África e na Santeria Afro-cubana e Regla de Osha, e pouco a pouco vão se resgatando os ritos e tradições dessa divindade do mar tão rica em filosofia e asé.


AJÉ SALUGA

A Senhora do Paraíso da Riqueza.

Ajé é uma Ìyá-Agbà (Mãe Anciã ou Mãe Idosa e Respeitável).

Como é o orixá da prosperidade, relaciona-se ao nascimento, à vida e à morte das pessoas. 

Ela é ao mesmo tempo representante do dinheiro dos homens e guardiã do progresso dos homens e dos orixás. 

Como detém o poder de tornar os feitos dos orixás reconhecidos, é cultuada também por eles. 

Seus iniciados geralmente são iniciados também em Iemanjá, Olocum e Oxum, pois todos eles possuem ligações estreitas. 

A palavra Ajé pode ser traduzida como Progresso para você, Sucesso para você e Que aquilo que você espera de seu trabalho se concretize. 

Ajé Ògúgúlúsò significa Ajê, Senhora da morada da sorte e das realizações do homem. 

Ajé Saluga significa Ajê, Senhora do paraíso da riqueza. 

Ajê é uma orixá paciente, próspera, fértil, longeva, sábia, harmoniosa, generosa, tolerante, justa e protetora da riqueza do homem (em todos os sentidos), atraindo dinheiro para quem a cultua. 

É uma divindade feminina do mar, é uma orixá dona das riquezas que existem no fundo do oceano, riquezas maiores do que da terra inteira, domina as marés, o subir e descer das águas marinhas.

Rege as marés e a espuma do mar, que cega e brilha como a riqueza.

Ajê Xalugá é dona da saúde, ela leva e traz as doenças, sendo assim ligada á Omolu, é conhecida por trazer riquezas quando agradada.

Ajê Xalugá é no Brasil, tida em alguns lugares como face de Oxumarê, por tanto, são dois deuses ligados pelo envolvimento com a riqueza, um do mar, outro da terra, atualmente seu culto vem lentamente sendo reconstruído aqui.

Aje Saluga ou Anabi como é conhecida pelos próprios muçulmanos, é uma divindade muito cultuada entre o povo Yorubano, pois se trata de um Orisa que quando é tratada costuma trazer riquezas e prosperidade aquele que a trata. 

O Culto a Àjè Salùga encontra-se centrado nos fundamentos do Odù Òbàrà.

Para se ter Àjè faz-se necessário apurar em Jogo se Àjè despertará a riqueza para a pessoa, pois Àjè só dá a riqueza para a pessoa se Ela permitir.

Ela, por fim, é sempre invocada durante os cultos para que venha e abençoe os oferecimentos, tornando-os aceitáveis.

Ela também é denominada como o princípio que inspira a aceitação de alguns sacrifícios; que inspira o culto correto e é por ele que a vida tem sido oferecida.

Ajê Salugá é a irmã mais nova de Yemoja. Ambas são as filhas prediletas de Olokun. 

Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano. 

Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés. Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iyemojas.

Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun.

UM ERÓ: Ajé como a riqueza é muito tímida, e não gosta de ser vista nem de muitas pessoas, por isso o Ajé deve ficar no quarto de Oxalá, o mais longe da vista de todos, coberta com um pano branco e muito efun. 

Ela não se apresenta à todos, e se conseguir os elementos de seu igbá é o próprio ebó de riqueza.

AJÉ SALUGA CULTUADO COMO OGBORÓ

Ajé Saluga é um Orishá relacionado com a saúde, a prosperidade e a abundância. Seu emblema é uma concha de pérolas. 

As pessoas que necessitam ativamente do dinheiro, o tem como seu patrono e o adoram, colocando em um recipiente conchas e dinheiro para acolhê-lo.

Considera-se ele caprichoso, volúvel e inconstante.

Ele escolhe aleatoriamente a quem bendizê-lo e entrega-lhe grandes somas de dinheiro. 

Seu Eleke se confecciona intercalando conchas e moedas.

A palavra Ajè pode ser traduzida como Progresso para você, Sucesso para você e Que aquilo que você espera de seu trabalho se concretize.

Ajè Ògúgúlùsò significa:

Ajè Senhora da morada da sorte e das realizações do homem, Senhora do paraíso da riqueza.

Ajè é um òrìsà paciente, próspero, fértil, longevo, sábio, harmonioso, generoso, tolerante, justo e protetor da riqueza do homem (em todos os sentidos), atraindo dinheiro a quem a cultua.

Protetora do progresso defende as pessoas da inveja e de forças invisíveis que impeçam seu desenvolvimento econômico. 

Favorece o uso sábio do dinheiro e protege as pessoas de receberem “mau dinheiro”, advindo de pagamentos realizados de má vontade ou com raiva.

No Odù Ifá (Odi méjì) ele está nos dizendo sobre Odi fazer amor com a Chefe das mulheres do mercado que é um Òrìsá chamado Oòsà Ojà, que está ligada a divindade Ajè Sàlugá (omo Olókun Sèníadé), esta divindade é um Òrìsá funfun, fala sobre dinheiro e riqueza, o ìgbà deste Òrìsá – Oòsà Ojà – geralmente está localizado no centro do mercado coberto com pano branco, o chefe ou líder de cada mercado é uma mulher cujo titulo é Ìyá lojá ou Ìyá lajé, todos os mercados são geralmente governados por Aje Sàlugá como a divindade que rege o mercado.

Òrìsá Oya detém uma posição importante no grande mercado é muito popular em Òyó até os dias de hoje com base na posição que ocupou no antigo e histórico mercado de Òyó em Koso.

Temos vários versos de Ifá, que dão referência a Oòsà Ojà e Aje Sàlugá como indicado abaixo:

Odi Méjì diz:

Depois de desfrutar e fazer amor com Oòsà ojà,
Outros também queriam fazer amor com ela,
Quando todos ficaram contentes,
Eles começaram a cantar,
Dizendo Oòsà ojà não nos deixar ir,
Doce mel não nos permita deixar o mercado,
Doce mel, (insinuando para a tentação de permanecer no mercado ou se sentindo obrigado a ficar e possivelmente gastar mais dinheiro do que o esperado).

Em algumas cidades onde o culto desta divindade é maior, todas as jovens vão ao mercado, como parte dos ritos de passagem para mulheres jovens, esta é a divindade primordial que tem os rituais realizados, ela simboliza a riqueza, a prosperidade e a fertilidade da mulher.

Ajè se sente (defecar) em minha cabeça (me abençoe com dinheiro, quando se anda na rua e um pombo defeca em você dizemos que é uma bênção de dinheiro),

Quem toca Ajè se torna ‘humano’ (fértil).

Aje dormiu na minha cabeça, quem toca Ajè (recebe bênçãos) age como uma criança (alegria de “ganhar na loteria”).

Ajè eleve-me como um rei (me dê dinheiro / filhos, me faça uma pessoa importante na vida).

Aqui está outro exemplo de como Oòsà Ojà é mencionada em Ifá, quando se fala sobre uma pessoa que está tentando receber uma bênção e foi a tantas divindades pedir apoio e fez muitas ofertas sem resultado e as oferta não foram aceitas.

Ele disse que não sabia que o pai deles é o Egungun da própria casa.
Ele disse que conhecia a mãe que é a deusa do mercado (Oòsà Ojà).
Orí disse que não sabia que ela era a cabeça (Chefe) deles.
E que Ilé é a terra (outra divindade).
Ele não sabia que ele era chamado Olúbòbò-tiribò.
Bàbá ebo

Mais uma vez, isso nos dá o exemplo de que Ajè Sàlugá governa sobre a maior parte das coisas que gostamos na vida, a saber, as coisas que ela representa (o dinheiro, os filhos e a fertilidade na mulher).

O rei que reside no interior do profundo e majestoso esplendor é o nome de Olókun Sèníadé (portador da coroa mais antiga).

O rei de todo o prazer é o nome de Ajè Sàlugá.
Òsé Gobi, Gobi Ìwòrì adivinhava para Ajè Sàlugá.
O primeiro nasceu de Elépo (pai).

Este último exemplo de Ajè Sàlugá mostra a sua conexão com o mercado ao ar livre, conhecido como um local de encontro e com muito movimento e fluidez, até hoje o mercado é um indicador chave para a economia local.

Esse versículo mostra como essa troca de bens por dinheiro (que às vezes nem sempre é rentável) no final acaba colhendo benefícios.

Odù Ifá Eji Ogbè diz:

A Terra é negra e sempre será negra.
O solo é escuro e sempre escuro.
Torrentes são sempre muito tempestuosas.
Estes foram os nomes do Áwo que adivinhavam para Ajè Sàlugá (a riqueza)
Que é incerto como o oceano.
Os mesmos adivinhos lançaram Ifá para Obìnrín (natureza feminina)
Que é inconstante como o mar.
O mesmo foi declarado para omo (descendência).
Firmes no apoio como pedras no leito do rio.
Eles disseram:
Riqueza pode ir e vir
O mesmo acontecerá com as mulheres.
Mas filhos continuam a linhagem para a continuidade da terra (Olóye Agbolá)

Uma de suas lendas a tem como filha de Aládi, uma das esposas de Olókun (em território nigeriano Olókun tem dupla sexualidade, uma vez, reconhecido como energia masculina e outra energia feminina, isto depende da região).
Ajè Sàlugá ou Anabi como é conhecida pelos próprios muçulmanos nigerianos (que consultam Ifá e fazem ebo de prosperidade no inicio do ano novo yorùbá), é uma divindade muito cultuada entre o povo yorùbá, pois se trata de um òrìsá que quando é tratada costuma trazer riquezas e prosperidade aquele que a trata. 

Ajè é um òrìsá feminino, considerada irmã mais nova de Yemoja, teve seu culto iniciado quando um dos itan de Ifá foi revelado.




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