ÒSÙMARÉ



Considerações gerais:


É a cobra-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. 

Ele é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.

Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás.

Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.

É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda.

Oxumarê é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que tem domÍnios parecidos com o dele.

O culto à serpente remonta desde o início dos séculos. Os romanos e os gregos já prestavam culto à cobra, sendo os povos que mais difundiram em séculos passados este culto.

No Egito, a serpente era venerada e encarregada de proteger locais e moradias. 

Cleópatra era uma sacerdotisa do culto à serpente.

Todos os seus pertences e adornos eram em formatos de cobras e similares. Este culto correu através do Rio Nilo as diversas regiões africanas.

No Antigo Dahomé, este culto se intensificou e lá Dan, como é chamada a Serpente Sagrada, transformou-se no maior símbolo de culto daquele povo, também sendo chamado pelo nome de vodun-besen. 

Já os yorubás chamaram esta mesma entidade de Osumare ou a Cobra Arco-íris; e os negros Bantos, de Angôro.

Na verdade, aí falamos de uma só divindade com vários nomes dependendo da região em que é cultuada.

Mas, Osumare, como é mais popularmente conhecido no Brasil, é o Orisa que determina o movimento contínuo, simbolizado pela serpente que morde a própria cauda e enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desgovernar. 

Se Osumare perder-se a força, a Terra vagaria solta pelo espaço em uma rota a seguir, sendo o fim do nosso Planeta.

É o orixá da riqueza, um dos benefícios mais apreciados não só pelos yorubás como por todos os povos da terra.

Aido Wedo(aidô uêdô) e Dambala são para o povo Jeje os maiores deuses.

Aido Wedo é o arco-íris e Dambala a sua imagem refletida nas águas oceânicas.

O Dangbé é a serpente sagrada que representa o espírito de Vodum Dan.

Na África esse Vodum é conhecido como -"DA".

Dada - Termo pelo qual o Vodum Dan é louvado. A coroa de Dan é chamada de coroa de "Dada". Dan tanto pode ser um Vodum masculino quanto pode ser um Vodun feminino, porém para tratá-lo, fazê-lo ou assentá-lo temos que cuidar sempre do casal.

Como dizem os antigos "cobra não anda sozinha, seu parceiro esta sempre por perto". 

Dambala também é conhecida como Daidah (daídar) – A "Cobra–Mãe". Essa Vodun não pode ser feita em mais de duas pessoas num mesmo país. 

Os velhos vodunos contam que ela é originária da Palestina. Em uma outra versão, encontramos Daidah como Lilith, a primeira mulher de Adão.

Os símbolos de Dan, são: o arco-íris, a serpente pithon, o traken ou draka, patokwe, o dahun , a ..takara. e o ason (assôm). Seu principal atinsa (atinsá) dentro de uma casa de Santo é denominado Dan-gbi , que é onde o arco-íris seencontra com a terra ("panela lendária do tesouro!"). Dan usa muitos brajás feitos de búzios. 

As aighy (aigri), são importantissimas em seus assentamentos e atinsas.

Para nós, Vodum Aido Wedo é o verdadeiro deus da vidência, é ele junto com Vodum Fa, quem dá aos bakonos o poder do oráculo, assim como deu a Yewa e a Legba.

Dan, Becem, Azaunodor...(Nação Jeje)

(aquela que se desloca com a chuva e retém o fogo nos seus punhos)

Deus, de todos os movimentos, filho de Nànà (Nanã). Irmão de Omolu (Obaluaê, Xapanã) e Rokó (Irokô).

Para o povo do país Mahi no ex-Daomé, Oxumaré é relacionado com Dan (Rei e senhor da Nação Jeje).

Representa, o arco íris revelando a união entre o céu e a terra. Oxumaré é uma Divindade que ao mesmo tempo é macho e femea. 

Há, quem diga que esta Divindade seja androgêna, ela recolhe as águas da terra, para o céu , levando-a em forma de vapor, e em seguida retornando-a em forma de chuva.

Como o povo do ex Daomé diz, Dan( Oxumaré) é a serpente da bondade que deixa a chuva cair de forma a irrigar os campos. 

Pois é o Vodun da fertilidade e da abundância, é a divindade de tudo que é alongado, como exemplo (cordão umbilical), que esta sobre o seu controle (Dangbé). 

É um Oxumaré mais velho que seria o pai de Dan, Dangbé controla o movimento dos astros. Becem (Oxumaré).

É um nobre e generoso guerreiro. Aydo Wedo, também é uma qualidade de Oxumaré.São tantos tipos de Oxumarés na Nação Jeje que ficaríamos divagando horas a fio para lhes contar sobre as virtudes desta Divindade de tão grande valor para mim. 

Desde já o meu KOLOFÉ a este Orixá que garante a comunicação entre o céu e a terra. Que auxilia Sàngó (Xangô), levando o trovão do céu para a terra. (Arun Boboi!, Dan). (Arun Boboi!Becem).

Uma das obrigações de Oxumaré, é direccionar as faças que produz o movimento, movimento, este que dá continuidade á vida.

Na mitologia grega, Oxumaré é a cobra Uroboro que morde a própria cauda, ela está em volta do mundo segurando-o para que ele não se descole.

Não conseguiriamos viver, se o mundo fosse estático, graças ao Deus do movimento que conseguimos, desfrutar dos movimentos da terra, das quatro estações do ano, da chuva que sobe ao céu em forma de vapor... .

Oxumaré tem sua morada no céu, de vez enquando vem nos visitar através do arco-írs. Grande senhor da riqueza, das múltiplas funções.

Oxumaré: originário de Mahi, no antigo Daomé, onde é conhecido como Dã (a Serpente), aquele que proporciona a riqueza aos homens. 

Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que sendo um Orixá homem, expressa potencialidades masculinas e femininas. 

Ele exprime a união de opostos que, no entanto, se atraem, e proporciona a manutenção do universo e da vida através das duas serpentes que apontam em direções contrárias, simbolizando a causa e a consequência. 

Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de incontáveis destinos. 

Oxumaré é dono de todas as riquezas da terra, sejam elas físicas ou mentais, por isso é também dono da sabedoria, identificado como um grande Babalawo (advinho). 

Com esse dom auxilia Xangô, além de ser encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris, um de seus maiores símbolos.

Oxumaré (Òsùmàrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos. Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante movimento. Imaginem só o planeta Terra sem os movimentos de translação e rotação; imaginem uma estação do ano permanente, uma noite permanente, um dia permanente. 

É preciso que a Terra não deixe de semovimentar, que após o dia venha a noite, que as estações do não se alterem, que o vapor das águas suba aos céus e caia novamente sobre a Terra em forma de chuva. Oxumaré não pode ser esquecido, pois o fim dos ciclos é o fim do mundo.

Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a renovação do universo.

Filho de Nanã Buruku, Oxumaré é originário de Mahi, no antigo Daomé, onde é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá, aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé.

Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre masculino e feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá masculino.

Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que é macho e fêmea. Ele exprime a união de opostos, que se atraem e proporcionam a manutenção do universo e da vida. Sintetiza a duplicidade de todo o ser: mortal (no corpo) e imortal (no espírito). Oxumaré mostra a necessidade do movimento da transformação.

Omulú é o irmão mais velho de Oxumaré, mas foi abandonado por sua mãe por ter nascido com o corpo coberto de chagas. Em tempo, não se pode condenar Nanã por esse acto, já que era um costume, quase uma obrigação ritual da época, que se abandonassem as crianças nascidas com alguma deformidade. O deus do destino disse a Nanã que ela teria outro filho, belíssimo, tão bonito quanto o arco-íris, mas que jamais ficaria junto dela. Ele viveria no alto, percorreria o mundo sem parar. Nasceu Oxumaré.

Oxumarê vem da religião Africana e representa a serpente (dan) e o arco-íris, que representa a união entre o céu e a terra, o equilíbrio entre os orixás e os homens, também conhecido como Besen.

É andrógino e representa a continuidade do movimento, e riqueza. Filho de Nana Buruku, irmão e Obaluaye, Iroko e Yewá. Seu culto provém de território Yewe, este atingiu o seu auge no século XIX, no culto africano (religião africana) foi perdida devido aos poucos que têm seus segredos.

Diz-se que ajudou a curar a cegueira de Olodumare, quando ofereceu residir no Orun (Céu). Suas cores são relacionadas com de Oya e é adorado por Yemanja.

Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo. 

Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc. 

Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris, sendo atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover.

Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc. 

Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. 

Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.

O Oxumarê no Candomblé ainda é bastante cultuado, quando se canta para Besen (Oxumarê) se joga faz um círculo de água no chão com uma quartinha que fica no Ire Axé, e todos tocam com os dedos na água que é despejada no chão tomando a benção e reverenciando este tão respeitado orixá.

Oxumarê, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. 

Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no Candomblé não se mata cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.

A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical.

Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. 

A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. 

Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem.

Oferendamos Oxumaré quando é necessário diluir sentimentos que estão desequilibrados. 

Por se tratarem de sentimentos viciados eles são ou se tornarão dolorosos como, por exemplo, o sentimento da paixão ou do desejo. 

É importante salientar que algumas vezes não percebemos o desequilíbrio emocional em que nos encontramos, portanto, se fazem necessários o auto conhecimento, o verdadeiro querer melhorar e, principalmente, a fé. 

A Oxumaré solicitamos também que renove o nosso emocional trazendo a pureza dos sentimentos pois este é o Orixá da renovação do amor na vida dos seres. 

Ao trazer a cura emocional Ele é também capaz de, automaticamente, curar o físico, sendo assim, oferenda-se Oxumaré também para socilitar a cura.

Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. Rege o princípio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.
De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvensatravés do arco-íris.

É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin, Ewá e Obaluayê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seusfilhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Omolu.

No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares (fio-de-contas) de missangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seus iniciados usamBrajá - longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente. Quando dançamlevam nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimento alternado. A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos noazeite de dendê

Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia 24 de agosto.

Certa lenda conta que ele era, outrora, um (Babalawo) adivinho, "filho de proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes". Em outra lenda o mesmo tema aparece: "Este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente". Oxumarê consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias.

Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei do povos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.

Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já no Ketu, suas cores são o verde eamarelo intercaladas. Porém essas cores definem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.



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